Apresentação
Entrevistas
Biografias
Glossário
Bibliografia
Imagens
26ª Bienal
Ficha Técnica
Versão para impressão
 
Site da Fundação Bienal de São Paulo
Biografia

RUI CHAFES

Clique para ampliar
Biografia
Sobre o artista
Sobre a obra
Leitura do artista


Como você se situa como artista?

Sou apenas um escultor.[Voltar]

Escultor em que sentido?

No sentido medieval.

Como você se vê dentro do contexto de seu país e no atual panorama da arte contemporânea internacional?

Sou um escultor medieval, gótico, da Idade Média, no século XXI.

Você considera isso uma herança européia?

Sim.

Como você situa o seu trabalho apresentado na Bienal?

É um trabalho que pode abrir novas perspectivas sobre a relação entre movimento e artes estáticas, como por exemplo a dança e a escultura.[Voltar]

Você percebe relação entre o seu trabalho e o tema da Bienal?

Acho que o tema da Bienal é completamente abrangente em relação a todos os artistas, que criam uma espécie de território livre.

Quais procedimentos ou processos de trabalho foram necessários para a construção de sua obra?

Fábricas, metalúrgicas e uma equipe de serralherias que trabalha comigo já há 11 anos. Por aqui a assistência local, com uma equipe maravilhosa, gruas e toda essa infra-estrutura técnica.

Você desenha antes de construir o tridimensional?

Neste caso, sobretudo para peças grandes e perigosas, é preciso ter um desenho rigoroso que corresponde ao projeto técnico.

Sobre a sua leitura da obra, quais questões este seu trabalho pode trazer para ampliar a formação artística e a discussão estética do público, principalmente o escolar, formado por crianças e jovens?

Acho que pode ser importante perceberem que há uma forma de apresentar as coisas que ao mesmo tempo é muito rigorosa e muito clara, como no caso dessa peça. A estrutura de ferro pode ser confrontada com a performance da Vera Mantero, que também exibe rigor e clareza, além de uma grande densidade emocional.

Professores e mediadores estabelecerão diálogos entre sua obra e o público visitante. O que você considera relevante apontar para os alunos?

Eles devem tentar olhar e ver, porque infelizmente em nossa sociedade, em nosso tempo de vida, as pessoas têm uma grande escola de desatenção que é a televisão. Ela faz com que as pessoas aprendam a não ver, ou melhor, elas olham mas não vêem. É importante que se estimule a concentração nesses grupos de crianças e de jovens; que eles vejam, e não apenas olhem, uma construção que tem uma intenção estética, ética, artística e emocional também. Uma intenção em que nada é deixado ao acaso, nem na coreografia da Vera, que é milimétrica, nem na escultura, que é igualmente milimétrica. É importante que, de alguma forma, os professores e monitores estejam disponíveis para isso e estimulem os alunos a observarem esses aspectos.

Por que o título “Comer o coração”?

Porque Robert Edler von Musil disse que “é preciso comer o coração da mãe para entender a linguagem dos pássaros“ e esta era uma idéia com que estávamos a trabalhar. Mas como o título era muito longo, decidimos ficar só com “comer o coração” e na evolução do trabalho também chegamos a um ponto menos sentimental. Era uma idéia mesmo de comer o coração, uma forma de acabar com o sentimentalismo mas também de comer o coração da peça – e é o que a Vera faz, comendo a si própria e o interior da peça. [Voltar ao início] [Versão para impressão]

ARTISTAS
Beatriz Milhazes
Chen Shaofeng
Eduardo Kac
Esterio Segura
Ivens Machado
Luc Tuymans
Melik Ohanian
Paulo Bruscky
Paulo Climachauska
Pablo Siquier
Thiago Bortolozzo
Vera Mantero
Victor Mutale
Xu Bing